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O que é economia criativa e o que você precisa fazer para atuar na área

Mariana Bortoletti • 13 de fevereiro de 2025

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    É na interseção da arte, inovação e empreendedorismo que surge a economia criativa. 


    Da arquitetura à tecnologia, passando pela moda, música, design e cinema, ela é um fenômeno que redefine os contornos tradicionais da produção econômica, traçando uma teia completa onde a criatividade é o fio condutor. 


    Neste artigo, vamos desbravar os caminhos desse ecossistema, entendendo melhor o que é economia criativa, quais áreas e setores ela abrange, além de fazer um apanhado do cenário atual desse setor no Brasil. 


    Aqui, você também vai descobrir como empreendedores e profissionais podem adentrar e prosperar na economia criativa. Boa leitura! 

    O que é economia criativa?

    A economia criativa é um conceito que abrange uma diversidade de atividades fundamentadas na interseção entre criatividade, cultura e tecnologia. É um setor econômico que rompe com a produção tradicional, gerando valor por meio da inovação, expressão artística e capital intelectual. 


    Engloba a criação, desenvolvimento e distribuição de bens e serviços que resultam não apenas em receita financeira, mas em impacto social e cultural. 


    O termo “economia criativa” foi usado pela primeira vez em 1980 pela ex-primeira ministra britânica Margareth Thatcher. Em um relatório, ela reconheceu a força e a importância da cultura e da tecnologia para a economia do país, começando um movimento de valorização. 


    Em 2021, o professor John Howkins escreveu aquela que é considerada a bíblia do setor. No livro “Economia criativa: como ganhar dinheiro com ideias criativas”, ele traz uma exploração abrangente e perspicaz sobre o papel fundamental da criatividade na economia moderna. 


    O livro também destaca a transformação do paradigma econômico tradicional e o potencial ilimitado da criatividade. É um ótimo guia para compreender o impacto crescente da economia criativa no cenário global e inspirar reflexões sobre como a inovação pode moldar o futuro econômico. 


    Hoje, a economia criativa se destaca como um catalisador de transformação, conectando inovação, expressão cultural e progresso econômico. 

    Quais são os setores da economia criativa?

    Diferente dos setores tradicionais da economia, como a indústria, comércio e agricultura, que tem seu foco na produção de bens tangíveis para geração de renda, a economia criativa se apoia na elaboração de produtos baseados em conhecimento artístico, cultural e tecnológico. 


    Dessa forma, a receita costuma derivar de experiências, lazer e facilidades que permeiam diversas áreas da vida cotidiana. Ela está em filmes produzidos para serviços de streaming, no aplicativo usado para pedir comida e em festivais de música pelo país afora. 


    Confira os principais setores da economia criativa abaixo: 


    1. Artes Visuais e Performáticas: inclui pintura, escultura, dança, teatro, entre outras formas de expressão artística. 
    2. Audiovisual: cinema, televisão, vídeo, animação e produção de conteúdo digital. 
    3. Música: produção musical, performance ao vivo, gravação e composição. 
    4. Literatura: escrita de livros, poesia, roteiros e conteúdo editorial. 
    5. Design: design gráfico, de moda, de produto e design de interiores. 
    6. Publicidade: estratégias de marketing, campanhas publicitárias e branding. 
    7. Arquitetura: planejamento e design de espaços arquitetônicos. 
    8. Moda: criação de roupas, acessórios e design de moda no geral. 
    9. Softwares e Jogos Digitais: desenvolvimento de aplicativos, jogos eletrônicos, realidade virtual e aplicações digitais. 
    10. Culinária e Gastronomia: inovações na culinária e experiências gastronômicas. 


    Esses setores são os que mais se destacam por sua base criativa e intelectual. 


    Porém, vale ressaltar que a lista não é finita, já que novas áreas podem emergir à medida em que a economia criativa evolui. Um exemplo é a inclusão da sustentabilidade na listagem


    Nesse contexto, a economia criativa se torna uma força propulsora para a sustentabilidade ao incorporar práticas ecológicas aos setores de design, arquitetura e moda, por exemplo. 


    É preciso buscar abordagens inovadoras e materiais sustentáveis, reduzindo o impacto ambiental e promovendo uma mentalidade ecoconsciente. 

    A economia criativa no Brasil 

    Por estarmos falando do setor da cultura, a impressão pode ser de que a receita gerada seja pequena quando comparada às mais tradicionais. Porém, essa é uma noção equivocada. 


    Isso porque, segundo o Ministério da Cultura, 3,11% do PIB nacional vem da economia criativa, colocando esse ecossistema à frente de setores como a indústria automobilística, por exemplo. 


    A economia criativa empregou formalmente mais de 7,4 milhões de pessoas no ano de 2022, o equivalente a 7% do total de empregados do país, em áreas como arquitetura, engenharia, design, moda, publicidade, música, cinema, comunicação, games, televisão e artes visuais. 


    Para planejar, promover, coordenador e implementar ações de fortalecimento da economia criativa no Brasil, foi criada a Secretaria Nacional da Economia Criativa e Diversidade Cultural (atendendo pela sigla SECDC) em 2011. 


    A SECDC desempenha diversas funções estratégicas, incluindo a formulação e supervisão de ações, programas e políticas públicas. Isso abrange a coordenação de planos de diretrizes e metas, a administração de contratos, a assistência na elaboração de legislação, a preservação da memória e a promoção do acesso inclusivo aos conteúdos brasileiros. 


    Além disso, propõe diretrizes para financiamento, monitora fundos setoriais e incentivos fiscais, coordena projetos financiados, impulsiona a formação profissional e a inovação e coordena iniciativas de distribuição. 

    O Brasil no cenário da economia criativa do mundo 

    De acordo com dados disponibilizados pela ONU, cultura e criatividade representam 6,2% dos empregos globais, contribuindo com 3,1% do PIB mundial. 


    Ainda segundo a fonte, em 2019, por exemplo, a economia criativa arrecadou impressionantes 389,1 bilhões de dólares. Isso mostra como o setor está se tornando uma fonte vital da economia atual. 


    Nesse cenário, onde se encontra o Brasil? 


    Apesar de ter uma boa representação nacional, a economia criativa brasileira ainda não aparece como destaque em nenhum relatório global sobre o setor. O que aparenta ser mais uma questão de timing do que de potencial. 


    Com uma base sólida e um caldo cultural diversificado, é apenas uma questão de tempo até que as inovações e talentos brasileiros transcendam fronteiras, destacando o país como uma potência criativa no cenário internacional. 

    Como trabalhar com Economia Criativa 

    Como você viu, a economia criativa é um setor vasto, que engloba uma ampla gama de profissões, indo desde o desenvolvimento de software até a gastronomia. 


    Dessa forma, se a sua profissão se enquadra em algum dos setores que citamos acima, você já está apto a trabalhar com economia criativa. A questão é que, quanto mais conhecimento você tiver sobre a área, melhor conseguirá se inserir no setor e ter sucesso. 


    Por isso, o ideal é buscar qualificação. 


    Para ajudar você a se destacar nesse cenário, a PUC-Rio desenvolveu duas especializações:



    As aulas acontecem de forma 100% online, abordando os desafios atuais do meio cultural brasileiro. 


    Ao final, para se aproximar ainda mais da realidade da economia criativa, você desenvolve um projeto cultural alinhado com o mercado e pronto para ser colocado em prática. 


    Com a Pós PUC-Rio Digital, você se torna especialista no setor, aprendendo com professores que são referência no mercado. Quer saber mais? Converse com um de nossos consultores! 

    Por Mariana Bortoletti

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