Princípios e frameworks de governança de TI

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Olivia Baldissera • 14 de abril de 2025

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    A governança de TI é uma disciplina fundamental para organizações que desejam alavancar a tecnologia de forma estratégica e segura. 


    E ela vai muito além da gestão de sistemas e infraestrutura. Entenda a seguir. 

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    O que é governança de TI 


    A governança de TI é um conjunto de práticas, processos e estruturas organizacionais que direcionam e controlam as decisões relacionadas à tecnologia da informação. O objetivo é garantir que os investimentos em tecnologia atendam aos objetivos estratégicos de uma empresa ou entidade pública. 


    A governança de TI é um desmembramento da governança corporativa, que se tornou necessário com a massificação da informática na década de 1990. 


    Na prática, a governança de TI define o orçamento para o setor de tecnologia da empresa, verifica se as normas e políticas estão sendo seguidas pelos colaboradores e dá suporte à tomada de decisões para quem ocupa cargos de chefia. 


    Diferença entre governança de TI e gestão de TI 


    A governança de TI é responsável pela parte mais estratégica de desenvolvimento de objetivos para a área de tecnologia, enquanto a gestão executa as ações necessárias para atingir esses objetivos. Ou seja, enquanto a primeira tem uma visão macro do negócio, a segunda se concentra no dia a dia das atividades. 


    A diferença entre governança de TI e gestão de TI apresentada acima é a descrita pelo princípio 4 do COBIT 2019, framework de gerenciamento que detalharemos mais adiante. 

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    Os 6 princípios da governança de TI 


    De acordo com o ISO/IEC 38500, norma estabelecida pela Organização Internacional de Normalização (ISO) e pela Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC), os 6 princípios da Governança de TI são:


    1. Responsabilidade: todas as partes de uma organização entendem e aceitam suas responsabilidades relacionadas aos serviços e atendimentos de demandas de TI. Os responsáveis pela ação estão autorizados a executá-la; 
    2. Estratégia: a capacidade atual e futura do departamento de TI da empresa deve ser considerada nas estratégias de negócio. Estas também devem ser levadas em conta no planejamento estratégico de TI; 
    3. Aquisição: toda aquisição de TI equilibra benefícios, oportunidades, custo e risco, considerando o curto e longo prazo. A tomada de decisão deve ser feita de forma transparente, após análises avançadas e apropriadas; 
    4. Desempenho: a área de TI deve dar suporte à organização, garantindo serviços de qualidade adequados aos requisitos de negócios; 
    5. Conformidade: a área de TI deve respeitar todas legislações e regulamentações obrigatórias. Políticas e práticas são claramente definidas, implementadas e seguidas; 
    6. Comportamento humano: as políticas, práticas e decisões da área de TI respeitam todas as pessoas envolvidas no processo. 


    ITIL 


    Um framework bastante utilizado na governança de TI é o Sistema ITIL, sigla para Information Technology Infrastructure Library ("biblioteca de infraestrutura de tecnologia da informação", em tradução livre). 


    É um conjunto de boas práticas de gerenciamento de serviços de tecnologia de informação, desenvolvido pela Agência Central de Computação e Telecomunicações (CCTA, na sigla em inglês) do Reino Unido na década de 1980. 


    O ITIL já passou por quatro grandes atualizações: 


    ITIL v1 


    A primeira versão do ITIL era voltada para as agências governamentais, que começavam a se informatizar na década de 1980. Era, literalmente, uma biblioteca: uma coleção de livros físicos que chegou a mais de 30 volumes em 1996. 


    ITIL v2 


    Nos anos 2000 foi lançada a segunda versão do ITIL. Os 30 volumes foram condensados em 9, mas ainda eram voltados para entidades do governo britânico. 


    ITIL v3 


    Com a popularização do modelo em empresas e demais entidades privadas, foi lançada uma nova atualização em maio de 2007. O ITIL v3 era descrito em 5 livros, que reuniam 26 processos e 4 funções. 


    ITIL 4 


    A quarta e última atualização do ITIL veio em fevereiro de 2019, com a publicação do livro “ITIL Foundations”.


    O ITIL 4 é marcado pela maior flexibilidade na execução dos processos, com o Sistema de Valor de Serviço (SVS), um conjunto de componentes e atividades de uma organização que possibilita a criação de valor. 


    Os componentes do SVS são: 


    • Cadeia de valor de serviço: modelo operacional flexível para a entrega e aprimoramento contínuo de serviços. Tem como atividades principais planejar, melhorar, engajar, desenhar, construir e entregar; 
    • 34 práticas que atualizam os processos do ITIL v3: conjunto de recursos necessários realizar o trabalho ou cumprir um objetivo. Consideram elementos como cultura, tecnologia, informações e gerenciamento de dados; 
    • Governança: conjunto de normas e práticas que são a base para a definição de processos internos, de acordo com as exigências do setor e os valores da organização. Facilita a integração com outros frameworks como o COBIT; 
    • Melhoria contínua.


    COBIT 


    O COBIT é um framework de gerenciamento de TI usado por empresas para desenvolver, organizar e implementar estratégias de gestão de informação e governança.


    COBIT é a sigla para “Control Objectives for Information and related Technology” (“controle de objetivos para informação e tecnologias relacionadas”, em tradução livre). 


    O framework foi desenvolvido pela Information Systems Audit and Control Association (ISACA) em 1996, inicialmente para ajudar auditores financeiros a lidarem com ambientes de TI. 


    A versão mais recente do modelo, de 2019, lista 6 diretrizes para a governança de TI: 


    1. Prover valor para as partes interessadas; 
    2. Abordagem holística; 
    3. Sistema de governança dinâmico; 
    4. Governança distinta do gerenciamento; 
    5. Adaptar-se às necessidades da empresa; 
    6. Sistema de governança fim-a-fim 


    Esperamos que este breve guia sobre governança de TI tenha sido útil. Saiba mais sobre compliance e cibersegurança na Pós-graduação em Compliance de Cibersegurança da PUC-Rio Digital!

    Por Olivia Baldissera

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