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Você já se perguntou como acontece a maioria das invasões cibernéticas?
De acordo com o Relatório de Investigação de Violações de Dados da Verizon de 2025 (DBIR), 17% das violações corporativas ocorrem por meio da engenharia social — uma técnica que manipula pessoas comuns, como você e eu, para revelar informações confidenciais ou realizar ações que comprometam a segurança.
Além disso, o relatório destaca que 68% das violações envolvem o elemento humano, seja por erros não intencionais ou por ações de insiders maliciosos, reforçando que o fator humano é o ponto de entrada mais explorado pelos criminosos. Enganar alguém para conseguir uma senha é muito mais fácil do que tentar burlar sistemas de segurança sofisticados.
Pense nisso: enquanto empresas investem milhões em tecnologias de ponta, os atacantes estão estudando comportamento humano — nossa tendência a confiar, o medo de perder algo importante ou a resposta instintiva a figuras de autoridade.
Aquele e-mail "urgente" do banco ou a ligação do "suporte técnico"? São exemplos clássicos de engenharia social, explorando não falhas técnicas, mas padrões humanos previsíveis.
A boa notícia é que conhecimento e consciência são as melhores defesas. Entender como somos alvos pode nos tornar muito menos vulneráveis a essas táticas, que estão cada vez mais comuns.
A engenharia social é uma ciência comportamental aplicada à segurança digital em que o atacante utiliza manipulação psicológica para enganar alvos, levando-os a divulgar informações confidenciais ou realizar ações comprometedoras.
Diferentemente de ataques que exploram vulnerabilidades técnicas, a engenharia social foca no elo mais fraco de qualquer sistema: o fator humano.
Os vieses cognitivos, revelados pelas pesquisas de Daniel Kahneman e Amos Tversky, representam atalhos mentais que nosso cérebro utiliza para processar informações rapidamente.
A engenharia social explora deliberadamente esses mecanismos, especialmente o viés de autoridade identificado por Robert Cialdini, criando situações em que nosso "Sistema 1" automático prevalece sobre o "Sistema 2" analítico, tornando-nos vulneráveis a manipulações que nos levam a tomar decisões prejudiciais que normalmente evitaríamos sob pensamento crítico.
Os atacantes exploram sistematicamente cinco vieses cognitivos principais:
Os atacantes usam técnicas refinadas para explorar esses vieses:
Conheça as técnicas mais utilizadas por cibercriminosos que adotam a engenharia social:
O phishing continua sendo a técnica mais comum, responsável por 16% de todos os vazamentos de dados corporativos, com custo médio anual aproximado de R$29 milhões para empresas.
Suas variações incluem:
Email Spoofing: Falsificação de endereços de e-mail explorando vulnerabilidades do protocolo SMTP. Para proteção, empresas implementam:
DNS Spoofing: manipulação dos servidores DNS que redirecionam tráfego legítimo para sites maliciosos, como uma "lista telefônica" adulterada da internet.
Channel Jacking: técnica que monitora canais de comunicação existentes e se insere em conversas legítimas já em andamento, utilizando contexto real das comunicações anteriores.
Wireless Access Point (Evil Twin): configuração de pontos de Wi-Fi idênticos aos legítimos para interceptação de comunicações, frequentemente forçando desconexão de redes originais.
Confira dois casos de engenharia social que geraram prejuízos de milhões para duas empresas:
A Toyota sofreu prejuízo de aproximadamente US$37 milhões quando hackers se passaram por executivos de uma filial europeia. O ataque foi bem-sucedido porque:
Um ataque comprometeu um dos sistemas de autenticação mais respeitados do mundo quando funcionários específicos da RSA receberam e-mails com anexo Excel contendo exploits zero-day.
A empresa precisou substituir aproximadamente 40 milhões de tokens SecurID, com custo estimado em US$66 milhões. Este caso demonstra como mesmo organizações focadas em segurança podem ser comprometidas através de engenharia social direcionada.
O avanço da inteligência artificial criou novos vetores de ataque:
Técnicas que utilizam IA generativa para replicar vozes e criar vídeos falsos convincentes. Casos notórios incluem:
Sinais de identificação incluem movimentos faciais estranhos, lábios dessincronizados com o áudio e anomalias na iluminação.
Os AI Agents são sistemas que utilizam IA avançada para:
Automatizar ataques em escala e personalizar abordagens para cada vítima;
Simular conversas realistas em múltiplos canais simultaneamente;
Gerenciar perfis falsos em redes sociais estabelecendo relacionamentos de longo prazo.
É possível se proteger da engenharia social com os seguintes cuidados:
A engenharia social evolui constantemente, integrando novas tecnologias e explorando vulnerabilidades humanas fundamentais.
Você pode ter os firewalls mais avançados e sistemas de proteção de última geração, mas como vimos nos casos emblemáticos da Toyota e RSA, basta uma única decisão equivocada para comprometer toda sua infraestrutura digital.
A melhor forma de combater um ataque é se preparando e se capacitando.
💡Quer saber mais sobre engenharia social e como se proteger? Confira as fontes consultadas para a elaboração deste artigo:
Por Emanuel Nunes
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