

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit
Acompanhe
🖊️ Artigo escrito por:
Emanuel Nunes
Programador e Estudante de Engenharia Mecatrônica | Especialista em tecnologia e SEO
Neste exato momento, enquanto seus olhos percorrem estas palavras, uma batalha silenciosa acontece: milhares de sistemas digitais lutam contra invasores invisíveis.
Os atacantes evoluíram tanto em velocidade e sofisticação que nós, humanos, ficamos para trás - nossos reflexos simplesmente não acompanham mais. É como tentar parar uma enchente com as mãos.
A Cloudflare, que monitora 14% de todo o tráfego global da internet, utiliza algoritmos avançados que distinguem humanos de bots em milissegundos.
"Os caras têm um comportamento esperado para um usuário e conseguem aplicar isso em Real Time," explicou Gabriel Pato em seu canal do YouTube. "Quando você dá um enter para acessar um novo site, ele já consegue concluir se você provavelmente é um bot ou não." Este sistema já impediu ataques massivos de DDoS que poderiam ter derrubado infraestruturas críticas.
Na Microsoft, Alexandre Costa – líder de equipes de hackers especializados em testes de segurança ofensiva na Microsoft – compartilhou, ainda no Debug podcast, como seu time transformou semanas de análise manual em minutos usando IA: "No meu time começamos a utilizar LLMs para analisar tráfego em escala. O que levaria um humano dias ou semanas para analisar milhares de aplicações, com IA estamos falando de alguns minutos.".
Mais impressionante ainda foi o caso do estagiário sem experiência em desenvolvimento que, usando Security CoPilot e GitHub CoPilot, completou em uma semana um projeto que normalmente levaria três.
Confira alguns exemplos de como a IA é usada na cibersegurança:
A evolução da detecção de ameaças passou da identificação baseada em assinaturas para análise comportamental avançada. A Sentinel One, mencionada no podcast Debug, foi pioneira nesta abordagem há mais de dez anos.
O influenciador cibernético Gabriel Pato destacou: "Eu me lembro que eu acompanhava bastante a Sentinel One... Os caras já tavam fazendo muito disso como end point protection, mas pegando o comportamento que aquele arquivo tá fazendo na máquina e não uma assinatura."
Sistemas tradicionais são como detectores de metal no aeroporto – reconhecem apenas ameaças conhecidas. A IA vai muito além: ela aprende padrões normais e detecta qualquer comportamento estranho, mesmo nunca tendo visto aquela ameaça específica antes.
Ainda no Debug podcast, Alexandre Costa explicou como esta mudança de paradigma funciona: "Quando a gente fala de análise de dados, quando a gente fala de Hunting no mundo de defesa, isso só seria possível graças à aplicação de machine learning, Deep learning e, consequentemente, de inteligência artificial."
Este princípio é aplicado em plataformas de segurança reais que monitoram comportamentos anômalos, independentemente de corresponderem a ameaças conhecidas, permitindo a detecção de ataques zero-day antes que causem danos significativos.
Quando sua casa está pegando fogo, cada segundo conta. O mesmo vale para ataques cibernéticos.
Em 2019, a IBM usou o Watson for Cyber Security para conter um ataque de malware em uma instituição financeira em menos de 60 segundos, evitando prejuízos de milhões.
A IA não apenas detectou ameaças, mas respondeu automaticamente – isolando sistemas comprometidos, bloqueando tráfego malicioso e iniciando procedimentos de recuperação imediatamente.
Os centros de operações de segurança sofrem com uma avalanche de alertas. Analistas ficam sobrecarregados e a "fadiga de alertas" faz com que ameaças reais passem despercebidas.
A IA resolve isso filtrando o ruído com precisão superior. Como Julio Silvello questionou no Cyber Security Summit 2024: "Se a gente consegue essa acurácia conseguindo classificar as ameaças, detectar e gerar automaticamente ações por não permitir que ela gere essas ações automaticamente e o operador humano fique para avaliar depois se aquela resposta foi uma resposta boa?"
O maior salto talvez seja passar de uma segurança reativa (esperar que o ataque aconteça) para uma abordagem preditiva (antecipar e prevenir).
Ainda falando sobre o episódio sobre IA em cibersegurança no Debug podcast: "Os grandes provedores de serviços de nuvem têm vários parâmetros, não só o parâmetro da aplicação. Existe o parâmetro dos dispositivos de rede, existem as outras aplicações que estão executando para o usuário os serviços, etc.".
O que antes era um jogo de "gato e rato" entre hackers e equipes de segurança evoluiu para uma batalha entre máquinas inteligentes.
Julio Silvello, em entrevista após o Cyber Security Summit 2024, afirmou: "É fato que a IA já está sendo amplamente utilizada pelos atacantes. Isso é uma obviedade, assim como também já está sendo amplamente utilizada pelas empresas que se protegem desses ataques. Esse é um caminho sem volta.".
Ele explica por que humanos sozinhos não conseguem mais dar conta: "Não tem como colocar um ser humano a tentar proteger um ataque que é gerado massivamente por uma IA que trabalha na evolução e na aprendizagem desse ataque.".
Imagine enfrentar 5.000 ameaças por dia. Não em um mundo fictício, mas na dura realidade das equipes de segurança digital. É como tentar encontrar cinco agulhas específicas em um palheiro que não para de crescer.
Assustador, não é? Agora imagine fazer isso sem dormir, sem descansar, sem piscar.
A IA entrou nesse cenário não como um luxo, mas como uma necessidade absoluta. O estudo da Capgemini de 2019 revelou uma verdade incômoda: sem inteligência artificial, 69% das organizações simplesmente não conseguem mais responder adequadamente às ameaças digitais modernas. Dois em cada três sistemas estão essencialmente vulneráveis sem essa tecnologia.
Pense na magnitude do desafio: a Palo Alto Networks analisa diariamente 100 bilhões de eventos de segurança. Para colocar em perspectiva, isso equivale a examinar as comunicações diárias de toda a população do Brasil... multiplicada por 500. E tudo isso precisa acontecer em tempo real, sem pausas, sem margem para erros.
Para maximizar os benefícios da IA, algumas práticas são essenciais:
A IA não é apenas uma ferramenta, mas uma aliada indispensável na proteção de dados e sistemas. Ao dominar seu uso, e juntar com suas habilidades, grandes resultados virão.
A verdadeira revolução acontece ao capacitar profissionais não apenas para operar sistemas inteligentes, mas para compreender suas limitações e complementá-los com aquilo que algoritmos ainda não possuem: intuição e experiência humanas.
Este casamento entre tecnologia avançada e habilidades humanas não é apenas desejável – é o único caminho para resultados verdadeiramente extraordinários em um cenário de ameaças em constante evolução.
A tecnologia sozinha não define o limite da segurança digital – o segredo está no equilíbrio.
É como uma dança perfeita entre a velocidade surreal das máquinas e aquele sexto sentido que só nós, humanos, temos. Juntos formamos a defesa e o ataque, como uma equipe de super-heróis.
Os sistemas de IA já são impressionantes: detectam padrões suspeitos, preveem ataques e reagem em milissegundos – mais rápido que um piscar de olhos.
Mas somos nós que damos sentido a tudo isso, decidindo o que tem valor, por que precisamos proteger e como isso se conecta com o que realmente importa para pessoas e empresas.
Com hackers também usando IA em seus ataques, essa parceria homem-máquina virou necessidade básica, não luxo.
Não estamos mais discutindo se a IA deve entrar no jogo da cibersegurança, mas como usá-la com inteligência e responsabilidade. Nosso futuro digital depende dessa aliança perfeita – aproveitando o poder das máquinas sem abrir mão daquilo que nos faz únicos: nossa humanidade.
💡Quer saber mais sobre IA e cibersegurança? Confira as fontes consultadas para a elaboração deste artigo:
Por
Gostou deste conteúdo? Compartilhe com seus amigos!
Assine a
News PUC-Rio Digital
para evoluir na sua carreira
Receba conteúdos sobre:
Formulário enviado com sucesso!
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Saiba mais sobre a Coordenação Central de Educação Continuada