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Como trabalhar com gestão cultural

Olivia Baldissera • 13 de fevereiro de 2025

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    Com o crescimento da economia criativa, não basta ser autodidata para atuar na gestão cultural. É preciso entender o que ela é de fato e se profissionalizar, por meio de cursos e especializações. 


    Isso vale principalmente para quem se formou há pouco tempo em uma área relacionada à cultura ou pensa em migrar de carreira. 


    Se uma dessas situações é o seu caso, aqui você vai encontrar informações essenciais para dar os primeiros passos na área. Boa leitura!

    A black poster with pink text that says gestão cultural e industria criativa

    O que é gestão cultural

    Gestão cultural é o conjunto de procedimentos administrativos e operacionais que fazem parte da gerência de processos no campo da cultura e da arte. Ela implica a mediação de agentes sociais e de processos de produção material e imaterial de bens culturais, com o objetivo de incentivar a criação, a fruição e a sociabilidade. 


    O profissional que atua na área deve conhecer os processos da cadeia produtiva do setor cultural, o que inclui as etapas de criação, produção e distribuição. Ele também precisa considerar as etapas de pesquisa, planejamento e avaliação para desenvolver ações e iniciativas culturais. 


    Importante lembrar que gerenciar e planejar um bem cultural não significa intervir na expressão individual do artista e demais profissionais envolvidos, mas sintonizar ideias e dimensionar os recursos humanos e financeiros necessários para a execução de um projeto. 


    A área profissional da gestão cultural é relativamente recente, sendo formalizada no Brasil na década de 1980, com a criação de secretarias municipais e estaduais de cultura e do Ministério da Cultura (MinC). Também é dessa época a promulgação da Lei Sarney (Lei 7.505/1986), primeira legislação focada no incentivo fiscal para a cultura. 


    Na década seguinte, foram promulgadas as principais legislações de incentivo cultural do país que estão em vigor até hoje, a Lei Rouanet (Lei 8.313/1991) e a Lei do Audiovisual (Lei 8.685/1993). 


    O fomento à cultura por meio da renúncia fiscal estreitou a relação entre o poder público, as empresas, os artistas e os produtores, estimulando o desenvolvimento da profissionalização da gestão cultural. 


    Hoje é possível se profissionalizar na gestão cultural com cursos tecnólogos ou, no caso de quem já tem um diploma de Ensino Superior, com especializações, como a Pós-Graduação em Gestão Cultural e Indústria Criativa da Pós PUC-Rio Digital.


    Não há uma graduação obrigatória para atuar na área, por isso é comum vermos artistas, advogados, administradores, historiadores, antropólogos, cientistas sociais e comunicólogos desempenharem o papel de gestores culturais. 

    Diferença entre gestão cultural e produção cultural 

    Em projetos culturais menores, é comum o mesmo profissional assumir o papel de produtor e gestor cultural. 


    Mas gestão cultural e produção cultural não são sinônimos. Para entender a diferença, é preciso olhar para as funções do produtor e do gestor. 


    O produtor cultural é responsável por tirar um projeto do papel, ao cuidar da logística e execução de todas as etapas planejadas. Ele também decide como o bem cultural (seja um evento, um álbum ou um livro) será feito, por isso mantém contato frequente com fornecedores, artistas e direção. 


    Já o gestor cultural cuida da administração do projeto, sendo responsável pelos contratos, orçamento, pagamentos e autorizações. Ele deve manter conversar com patrocinadores, artistas e demais fornecedores para garantir que toda a parte burocrática esteja regularizada. Também auxilia o contador na prestação de contas ao final do projeto. 

    A gestão cultural no Brasil

    Como parte da economia criativa, a gestão cultural faz parte de um crescimento no número de empregos e da participação da cultura do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. 


    Um milhão de empregos serão criados pela economia criativa até 2030, de acordo com estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Hoje são mais de 7,4 milhões de pessoas que trabalham no setor, o que equivale a 7% do total de trabalhadores da economia brasileira.


    A pesquisa também concluiu que os profissionais que atuam na economia criativa recebem salários 50% maiores, em média, do que os profissionais de outras áreas. Enquanto nos demais setores a média salarial é de R$ 2.691, na economia criativa é de R$ 4.018. Os salários mais altos são pagos para profissionais que atuam na produção e gestão cultural e na tecnologia.


    O crescimento do setor também se reflete na economia do país. Entre 2012 e 2020, a economia criativa cresceu de forma mais acelerada do que o PIB do Brasil: o setor teve um crescimento de 78%, enquanto o do PIB foi de 55%, segundo levantamento do Observatório Itaú Cultural.


    A cultura e as indústrias criativas movimentaram R$ 230,14 bilhões em 2020, o equivalente a 3,11% do PIB daquele ano. Esse valor é superior ao da indústria automotiva.


    A maior representatividade da economia e indústria criativas, na geração de empregos e no PIB do Brasil não significa que não haja desafios. Na gestão cultural, em particular, busca-se uma maior regulamentação profissional e especialização de agentes públicos e privados que atuam na área. Também há a necessidade de descentralizar investimentos e ações das regiões Sul e Sudeste, além de uma divisão clara das responsabilidades do setor cultural entre municípios, estados e governo federal. 


    Outro obstáculo é a dificuldade de acesso a bens culturais em um país de dimensões continentais e marcado por desigualdades socioeconômicas. Superar essas dificuldades exige esforços coordenados, políticas inclusivas e investimentos consistentes na promoção de uma cultura acessível a todos. 

    Como começar a atuar na gestão cultural 

    Um caminho para lidar com essas questões é justamente a capacitação profissional de gestores culturais que atuam nas esferas pública e privada. 


    Se você quer ser um deles, mas não sabe por onde começar, a Pós-Graduação em Gestão Cultural e Indústria Criativa da Pós PUC-Rio Digital é uma ótima opção. 


    Em aulas 100% online, você vai aprender a gerenciar as etapas de produção de diferentes bens culturais, além de aprofundar nas políticas públicas de incentivo à cultura do Brasil. Todo o conhecimento que você adquirir poderá ser colocado em prática no Lab_CC, laboratório criativo em que você terá mentorias, eventos e workshops. 


    Você também vai criar o seu próprio projeto cultural ao longo do curso, que vale como TCC. Assim você já poderá dar os seus primeiros passos na gestão cultural e tirar usas ideias do papel. 


    Quer saber mais? Converse com um de nossos consultores. 

    Por Olivia Baldissera

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