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A frase “equilíbrio é tudo” pode ser clichê, mas faz sentido quando a corrida desenfreada pelo desenvolvimento tecnológico coloca em jogo a finitude dos recursos naturais.
As tecnologias verdes surgem em um contexto de crescimento da tomada de consciência dos impactos dos seres humanos sobre o planeta, portanto tomar uma atitude se mostra inadiável.
Entenda o que são as tecnologias verdes, por que recebem esse nome, de onde surgiram e qual o seu estágio atual de desenvolvimento.
Tecnologias verdes são aquelas que visam a minimizar impactos ambientais negativos no planeta por meio de ferramentas, processos e inovações sustentáveis. O principal objetivo é reduzir a pegada de carbono, preservar a biodiversidade e utilizar os recursos naturais de maneira consciente e responsável.
Pelo conceito se basear tanto nos processos produtivos como na cadeia de suprimentos e logística, as tecnologias verdes também se referem à produção de energias renováveis e ao uso de combustíveis alternativos menos poluidores do que os fósseis. Assim, as energias mais limpas (como a nuclear, solar e eólica) melhoram a performance operacional, enquanto reduzem custos, desperdícios e impactos ambientais, além de também serem consideradas as mais seguras.
Outra tecnologia verde conhecida é a gestão de resíduos, com a triagem, compostagem e reciclagem. Algumas menos convencionais são a agricultura e a construção sustentáveis. Com cultivo semeado, rotação de culturas, agricultura orgânica, uso de drones e sensores de umidade, a agricultura sustentável faz uma melhor gestão do solo e recursos hídricos. Já a construção sustentável busca minimizar o impacto ambiental dos edifícios com sistemas de aquecimento e resfriamento eficientes, uso de materiais recicláveis e energia solar.
Atualmente, Noruega, Suécia e Dinamarca são reconhecidas mundialmente por serem pioneiras nas tecnologias verdes, energias renováveis e administração sustentável de recursos naturais.
O mercado de tecnologias verdes está presente nas discussões sobre a prevenção de mudanças climáticas e escassez de recursos naturais desde o século XX. Entretanto, ainda no início do século XIX, cientistas da época da Revolução Industrial começaram a observar os impactos ecológicos da queima de carvão, o que levou as indústrias a reduzir os efeitos negativos, alterar os processos produtivos e diminuir o desperdício.
Nas décadas de 1960 e 1970, o conceito de tecnologias verdes ganhou destaque com um movimento ambientalista que respondeu a problemas como poluição, desmatamento e escassez de recursos naturais. Em 1972, a Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, foi um marco para a conscientização da importância da proteção ambiental.
Vinte anos mais tarde, ocorreu no Rio de Janeiro a Eco-92 (Rio-92). Dentre as convenções estabelecidas, destacou-se a Agenda 21, um plano de ação global para promover o desenvolvimento sustentável no século XXI. Em 1997, o Protocolo de Quioto impulsionou a adoção de tecnologias para diminuir o efeito estufa, o que seria reforçado pelo Acordo de Paris em 2015.
No Brasil, o Projeto Patentes Verdes, lançado em 2012 na Rio+20 pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), visa a reduzir o prazo de análise de pedidos de patentes relativos a tecnologias sustentáveis, o que incentiva a pesquisa e desenvolvimento no país. Enquadram-se nesse projeto as energias alternativas, transportes sustentáveis, gestão de resíduos, conservação de água e redução de poluentes e gases de efeito estufa.
A tendência de inovação tecnológica com foco em sustentabilidade já está presente em diversas áreas, como energia, transporte, agricultura, construção e gestão de resíduos, por exemplo. Por isso, as tecnologias verdes estão se tornando uma indústria que tem atraído enormes quantias de investimento de capital.
Um dos maiores montantes para promover a expansão de energia limpa foi investido em 2021 nos EUA, com 67,5 bilhões de dólares destinados ao desenvolvimento de tecnologias verdes. O objetivo é expandir as linhas de transmissão de energia elétrica, criar estações de carregamento de veículos elétricos e aumentar as linhas de ônibus elétricos pelo país.
Empresas privadas também buscam colocar como meta o crescimento sustentável. Esses objetivos podem estar dentro das diretrizes de Meio Ambiente, Social e Governança da empresa (ESG, na sigla em inglês), ou da própria missão e propósito empresariais. Dessa forma, investidores também buscam por organizações que estejam de acordo e buscando desenvolver tecnologias verdes.
Mas não só de governos, empresas e investidores de capital parte a iniciativa de buscar por tecnologias verdes e energias limpas. Os consumidores estão dispostos a pagar mais caro por menos impacto ambiental. Segundo um estudo realizado pela McKinsey em colaboração com NielsenIQ, mais de 60% dos entrevistados afirmam que estão dispostos a pagar mais por um produto com embalagem sustentável.
Nessa mesma pesquisa, produtos em 32 categorias diferentes com termos como “vegano” e “biodegradável” em seus rótulos tiveram 56% do aumento das vendas entre 2017 e 2022. Esse valor representou 18% a mais do que o esperado se tomado como base o comportamento consumidor no início da pesquisa.
Quando se fala na adoção de energias verdes, o investimento inicial é alto muitas vezes. Desenvolver e implementar soluções sustentáveis requer valores que podem ser inviáveis para muitos negócios.
Outro grande problema é a infraestrutura insuficiente para adotar novas tecnologias verdes. Muitas regiões não possuem os recursos materiais necessários, como rede elétrica adequada, além de poucas leis e regulamentações atualizadas de acordo com as inovações, o que dificulta a implementação.
Desafios como a falta de transformadores adequados para conectar os novos tipos de energia limpa à rede elétrica também retardam o avanço nessa área. Entretanto, segundo a Agência Internacional de Energia, a energia solar fotovoltaica já havia se tornado majoritariamente mais barata do que usinas a gás ou carvão em muitos países em 2020.
As tecnologias verdes são inovações dentro da ciência para reduzir o impacto do ser humano na natureza. Nelas estão incluídas as áreas de pesquisa científica atmosférica, energia, transportes, agricultura, materiais e hidrologia.
O objetivo principal dessas novas tecnologias sustentáveis é reduzir a emissão de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa para prevenir mudanças climáticas severas.
A área de energias renováveis é a mais conhecida, sendo as energias mais limpas também as mais seguras: nuclear, solar e eólica. A energia solar, especificamente, é uma das mais bem-sucedidas hoje e já se tornou mais barata do que combustíveis fósseis em muitos países.
A indústria de tecnologias verdes tem chamado muita atenção de grandes investidores e também das pessoas nos últimos anos, que têm apoiado o seu crescimento comprando ações ou produtos que estejam dentro do conceito de sustentabilidade.
💡Quer saber mais sobre tecnologias verdes? Confira as fontes consultadas para a elaboração deste artigo:
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