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A transformação digital mostrou que o ativo mais valioso das organizações já não é apenas energia, infraestrutura ou capital financeiro: é o dado.
Esse foi o ponto de partida da palestra “Jornada de IA na Petrobras”, apresentada por Fernando Pereira Carneiro, líder de Inteligência Artificial e Ciência de Dados na Petrobras, durante a 2ª edição da Semana da Tecnologia: Transformação de Mercado, realizada entre 26 e 28 de agosto de 2025 pela Pós PUC-Rio Digital.
Carneiro é responsável por projetos como o ChatPetrobras, que tem como objetivo democratizar a IA em uma estatal com tamanha diversidade cultural e operacional.
Essas ações são fundamentais para a Petrobras ser uma empresa com decisões orientadas a dados, impulsionando assim a inovação e a competitividade no mercado global.
Conheça o case da Petrobras a seguir. Boa leitura!
A jornada para se tornar uma empresa data-driven é intrinsecamente ligada à capacidade de construir e manter uma infraestrutura tecnológica robusta e inovadora.
Fernando Pereira Carneiro destacou a importância da Nvidia nesse cenário, ressaltando que a empresa domina mais de 90% do mercado de fabricação de GPUs (Graphics Processing Units), que são componentes indispensáveis para o treinamento de modelos de inteligência artificial.
A Petrobras, por sua vez, é um exemplo de empresa data-driven ao investir em infraestrutura de ponta em parceria com a Nvidia há anos. A estatal tem um longo histórico de construção de supercomputadores, impulsionado pela necessidade de processamento sísmico para a prospecção e exploração de petróleo. Essa atividade exige clusters gigantescos equipados com dezenas, centenas e até milhares de GPUs.
A Petrobras tem 6 dos 500 maiores supercomputadores do mundo, todos equipados com tecnologia Nvidia, capazes de processar dados em larga escala.
A capacidade de analisar grandes volumes de dados de forma eficiente não apenas otimiza as operações existentes, mas também abre caminho para a inovação e o desenvolvimento de novas soluções baseadas em IA.
A infraestrutura robusta permite que a Petrobras experimente, desenvolva e implemente aplicações de inteligência artificial que geram valor em diversas áreas do negócio, desde a exploração e produção até o refino e a comercialização.
Carneiro citou dois exemplos de aplicação da IA em diferentes frentes de negócio: o ChatPetrobras e o Smart Tocha.
Em 2023, menos de um ano após o lançamento do ChatGPT, a Petrobras desenvolveu sua própria versão da ferramenta, o ChatPetrobras.
A decisão de criar uma solução interna foi motivada pela necessidade de garantir a privacidade e a segurança dos dados corporativos. Os termos de uso de plataformas externas, como o ChatGPT, permitem que o conteúdo das conversas seja salvo e potencialmente utilizado para treinamento de modelos de IA, o que não é adequado para uma empresa que lida com informações sensíveis.
O ChatPetrobras, desenvolvido inteiramente dentro dos domínios e da infraestrutura da Petrobras, assegura que os padrões de privacidade e segurança da companhia sejam rigorosamente mantidos. Ele permite conversas com dados corporativos e a criação de agentes personalizados.
A ferramenta replicou a experiência do ChatGPT, mas com a vantagem de ser totalmente customizado para as necessidades da Petrobras. Ela está disponível para toda a força de trabalho da empresa, incluindo empregados próprios, terceiros e subsidiárias, totalizando cerca de 110.000 pessoas em potencial.
Outro exemplo da aplicação de IA na Petrobras é o Smart Tocha, um projeto desenvolvido em parceria com a PUC-Rio.
O Smart Tocha é um modelo de visão computacional treinado para otimizar o processo de queima de gases em tochas industriais nas refinarias. Embora a queima de gases seja um processo inerente às operações de refino, a Petrobras buscou otimizá-lo para aumentar a eficiência e reduzir o impacto ambiental.
A ferramenta monitora em tempo real a qualidade da queima, classificando-a com base na análise de imagens.
A transição para uma empresa data-driven não se resume apenas à adoção de tecnologias avançadas ou à construção de infraestruturas robustas. Fernando Carneiro enfatizou que o maior desafio na implementação da Inteligência Artificial não é tecnológico, mas cultural.
A democratização da IA em uma organização do porte da Petrobras exige um esforço contínuo de letramento e gestão de expectativas, superando mitos e resistências inerentes à mudança.
Um ponto importante é a necessidade de desmistificar a IA. A percepção popular, muitas vezes influenciada pela ficção científica, de que a IA é uma entidade onisciente e capaz de resolver todos os problemas, gera expectativas irrealistas.
Na verdade, a eficácia da IA está diretamente ligada à qualidade e quantidade dos dados utilizados em seu treinamento.
Outro aspecto fundamental na jornada da Petrobras para se tornar uma empresa data-driven é o compromisso com a IA Responsável.
Reconhecendo a importância de garantir que o uso da IA seja justo, inclusivo e livre de vieses, a estatal formou um grupo de trabalho em 2024 e, em 2025, formalizou uma comissão tática e um escritório de IA Responsável.
O objetivo é liderar ações que garantam o uso ético da IA na companhia, desenvolvendo diretrizes, princípios, papéis e responsabilidades para todos os envolvidos, desde desenvolvedores até usuários finais.
Os cases do ChatPetrobras e do Smart Tocha são exemplos de como a IA pode gerar valor financeiro, ambiental e estratégico, ao mesmo tempo em que fortalece a segurança e a privacidade dos dados.
Para Carneiro, não se trata de a inteligência artificial substituir pessoas, mas sim de preparar profissionais para usar a tecnologia de forma estratégica. Empresas que conseguirem transformar dados em decisões assertivas e inovadoras estarão sempre à frente.
“Não acho que a IA vai substituir os seres humanos. Mas acredito que aqueles que souberem utilizá-la estarão passos à frente dos que ignorarem seu potencial”, concluiu.
Uma empresa data driven é aquela que toma decisões estratégicas e operacionais baseadas em dados, e não apenas em intuição ou experiência. Isso envolve coletar, organizar, analisar e transformar dados em informações acionáveis que orientam toda a gestão.
Os principais pilares são:
A Petrobras investe há anos em supercomputadores e tecnologia de ponta para processar dados sísmicos e explorar petróleo. Hoje, possui 6 dos 500 maiores supercomputadores do mundo e aplica IA em projetos como o ChatPetrobras, para comunicação corporativa segura, e o Smart Tocha, que otimiza a queima de gases em refinarias.
O principal desafio não é a tecnologia, mas a mudança cultural. Isso inclui superar resistências, democratizar o acesso à IA, capacitar profissionais e desmistificar a visão de que a tecnologia sozinha resolve todos os problemas.
A IA Responsável envolve garantir que o uso da inteligência artificial seja justo, inclusivo, transparente e livre de vieses. Na Petrobras, foi criada uma comissão e um escritório de IA Responsável para definir princípios, diretrizes e papéis claros.
Empresas que usam dados estrategicamente conseguem:
Não. O objetivo não é substituir pessoas, mas sim preparar profissionais para utilizar a tecnologia como aliada. Quem souber integrar IA ao trabalho terá mais oportunidades e estará à frente no mercado.
*Este conteúdo foi elaborado com o apoio de IA
Por Olivia Baldissera
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