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A saúde mental é parte essencial do bem-estar dos indivíduos. Não significa apenas não apresentar doenças, mas envolve sentir-se bem emocionalmente, conseguir lidar com os desafios do dia a dia, trabalhar, estudar, manter relacionamentos saudáveis e contribuir para a comunidade. É, portanto, um aspecto valioso tanto para a vida pessoal quanto para a convivência em sociedade.
Esse conceito não é simples e tem várias interpretações, pois envolve aspectos históricos, sociais, biológicos e psicológicos. Desde o século XIX já se discutia que a saúde não se limita ao corpo, mas inclui também o desenvolvimento mental. Hoje, entende-se que a saúde mental influencia diretamente como pensamos, sentimos e agimos.
Diversos fatores podem influenciar nossa saúde mental. É comum associá-la ao corpo, a predisposição genética, funcionamento do cérebro, hormônios, sono e alimentação. Mas não podemos esquecer dos fatores psicossociais, que incluem:
Pessoas expostas a situações adversas, como pobreza e discriminação, têm maior risco de desenvolver sofrimento emocional.
Mesmo assim, muitas condições de saúde mental podem ser tratadas com eficácia e a baixo custo. O problema é que, em vários lugares, ainda faltam serviços adequados, profissionais capacitados e informações de qualidade. Além disso, o estigma e o preconceito dificultam a busca de ajuda. Por isso, entender o que é saúde mental e reconhecer sua importância é um passo fundamental para promover cuidado, respeito e inclusão.
Os determinantes sociais da saúde mental são fatores que vão além dos aspectos biológicos e psicológicos, incorporando condições sociais, culturais, econômicas e ambientais que influenciam diretamente o bem-estar das pessoas.
O modelo biopsicossocial ajuda a compreender que saúde e doença não são resultado de apenas um elemento isolado, mas da interação entre fatores biológicos, experiências de vida, contextos sociais e estruturas coletivas. Assim, o adoecimento mental deixa de ser entendido como um problema unicamente individual e passa a ser visto como reflexo de desigualdades sociais e condições de vida adversas.
Entre os determinantes sociais, o trabalho ocupa um lugar central. Ter estabilidade e satisfação profissional contribui positivamente para a saúde mental, enquanto o desemprego e a insegurança laboral podem gerar sentimentos de incapacidade, humilhação, ansiedade, depressão e até risco de suicídio.
A educação também é um importante protetor, pois melhora as oportunidades de emprego, promove inclusão social e fortalece a autoestima. Já o baixo nível educacional está associado à vulnerabilidade socioeconômica, exclusão e risco aumentado de adoecimento mental.
A pobreza é um dos mais significativos determinantes, pois envolve privação econômica, moradia precária, baixa escolaridade, desemprego e fragilidade das relações familiares. Esses elementos aumentam não só o sofrimento psíquico, mas também dificultam o acesso a serviços de saúde e apoio social. Habitação digna, por sua vez, oferece proteção física e emocional. Situações como viver em moradias inadequadas ou em situação de rua elevam significativamente o risco de transtornos mentais.
O contexto urbano também influencia a saúde mental. Grandes cidades podem gerar isolamento, estresse, violência, poluição e fragilidade dos vínculos sociais, enquanto áreas rurais podem oferecer menos acesso a serviços, transporte e oportunidades, o que também aumenta a vulnerabilidade.
Fatores como discriminação, violência de gênero e experiências traumáticas ao longo da vida impactam intensamente o equilíbrio emocional, especialmente quando vivenciadas na infância.
Por fim, a exclusão social, o estigma e a falta de suporte comunitário enfraquecem o sentimento de pertencimento e aumentam o sofrimento psicológico. Portanto, promover saúde mental exige políticas públicas que considerem esses determinantes, garantindo acesso a condições dignas de vida, proteção social, educação, trabalho e cuidado em saúde.
O Brasil enfrenta uma crise de saúde mental, marcada por um aumento expressivo de afastamentos do trabalho por transtornos como ansiedade, depressão e esgotamento emocional.
Em 2024, foram registradas mais de 472 mil licenças médicas por motivos de saúde mental, um aumento de 68% em relação ao ano anterior. Esse cenário revela que os transtornos mentais se tornaram não apenas um problema individual, mas também uma questão social, econômica e de saúde pública.
Diversos fatores ajudam a explicar essa crise. Um deles está relacionado às transformações no mercado de trabalho. A informalidade, a instabilidade profissional, os salários baixos e o medo constante do desemprego aumentam os níveis de estresse, insegurança e exaustão emocional. As condições de trabalho precárias dificultam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, afetando diretamente a saúde mental, especialmente entre os trabalhadores mais vulneráveis.
Além disso, as cicatrizes deixadas pela pandemia de COVID-19 seguem afetando a população. O luto por mais de 700 mil vidas perdidas, o isolamento social prolongado, a ruptura de vínculos e a tensão financeira contribuíram para o aumento dos quadros de ansiedade, depressão e estresse pós-traumático. Desde então, muitas pessoas tentam retomar sua rotina, mas ainda enfrentam dificuldades de adaptação e insegurança emocional.
Os efeitos dessa crise atingem principalmente as mulheres, que representam 64% dos afastamentos por transtornos mentais. Esse grupo sofre com múltiplas demandas sociais, como acúmulo de responsabilidades familiares, desigualdade salarial, sobrecarga profissional e altos índices de violência doméstica e sexual. Além disso, quase metade das famílias brasileiras é chefiada por mulheres, muitas vezes sozinhas, o que intensifica sua vulnerabilidade emocional e financeira.
Outros fatores também contribuem para o agravamento da saúde mental no país, como o aumento do custo de vida, o endividamento das famílias, a intensificação das desigualdades sociais e o impacto das mudanças climáticas. Desastres naturais, como enchentes e deslizamentos, têm provocado deslocamentos forçados, perdas materiais e traumas psicológicos. Em muitos casos, pessoas que nunca mais retornam às suas casas apresentam altos índices de ansiedade e depressão, evidenciando como eventos ambientais também têm influência sobre a saúde mental.
Esse cenário demonstra que a saúde mental não pode ser vista apenas como uma responsabilidade individual, mas como um reflexo das condições sociais, econômicas e ambientais em que vivemos. Enfrentar a crise exige políticas públicas que promovam melhores condições de trabalho, acesso à saúde, proteção social, apoio comunitário e ações de prevenção, com foco na promoção do bem-estar coletivo e na construção de uma sociedade mais acolhedora e equilibrada.
Saúde mental é o estado de equilíbrio emocional e psicológico que permite lidar com sentimentos, tomar decisões, manter relações saudáveis e participar da vida social e profissional de forma plena.
Boas condições de trabalho fortalecem o bem-estar. Já precarização, pressão excessiva e medo de demissão aumentam o risco de ansiedade, depressão e esgotamento emocional.
A falta de saúde mental pode gerar ansiedade, depressão, esgotamento, irritabilidade, isolamento social, dificuldade de concentração, redução da produtividade e impactos nas relações pessoais e profissionais.
São condições de vida (como renda, educação, moradia, trabalho e suporte social) que moldam o bem-estar emocional e podem proteger ou prejudicar a saúde mental.
Os principais fatores que afetam a saúde mental são desigualdade social, pobreza, violência, discriminação, sobrecarga de trabalho, instabilidade financeira e experiências traumáticas.
Ter rotina equilibrada, sono adequado, alimentação saudável, atividade física, vínculos afetivos, lazer, apoio social e acesso a cuidados profissionais pode melhorar significativamente a saúde mental.
Cuidar da saúde mental envolve reconhecer emoções, buscar apoio quando necessário, manter hábitos saudáveis, reduzir estresse, cultivar relações positivas e procurar atendimento profissional quando surgem sinais de sofrimento.
Os tratamentos incluem psicoterapia, acompanhamento psiquiátrico, medicamentos quando necessários, grupos de apoio e mudanças no estilo de vida, sempre com orientação profissional.
O país vive aumento de ansiedade, depressão e esgotamento devido à instabilidade laboral, desigualdades, impactos da pandemia, violência de gênero, endividamento e eventos climáticos extremos que causam traumas.
Não. Embora hábitos saudáveis ajudem, a saúde mental depende de políticas públicas, condições dignas de vida, acesso à saúde, apoio comunitário e redução das desigualdades.
💡Quer saber mais sobre saúde mental? Confira as fontes consultadas para este artigo:
Por Tassiane Valin
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