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Um projeto cultural é mais do que colocar suas ideias no papel. Ele é uma ferramenta estratégica importantíssima para o sucesso de uma ação na área da cultura – e para obter financiamento.
Se você tem dúvidas sobre como montar o seu, aqui você vai encontrar um guia com as informações essenciais que devem estar no seu projeto. Este material vai te ajudar a construir uma estrutura básica que pode ser adaptada a diferentes editais e programas de fomento à cultura.
No meio corporativo, um projeto é um esforço temporário para alcançar um objetivo específico. Ele deve ser planejado, executado e controlado por pessoas, geralmente com recursos limitados e escopo bem definido.
Essa definição também vale para a economia criativa. Logo, um projeto cultural é um esforço temporário que visa ao planejamento, execução e controle de um produto cultural, independentemente da linguagem artística. Pode ser um espetáculo, um livro, uma exposição, um filme, um álbum de música, uma narrativa digital...
O projeto cultural deve ser visto como um instrumento técnico e estratégico, que precisa proporcionar uma visão objetiva, sequenciada e completa de todo o trabalho a ser realizado para atingir o objetivo. Ele tem quatro características principais:
Um projeto cultural também revela as capacidades do seu proponente, que pode ser um profissional de produção cultural ou gestão cultural.
Por isso o projeto é usado como avaliação nos cursos de
Pós-Graduação em Narrativas Digitais e de
Pós-Graduação em Gestão Cultural e Indústria Criativa da
Pós PUC-Rio Digital. Ele vale como trabalho de conclusão de curso das especializações.
Os elementos básicos de um projeto cultural são:
A apresentação deve conter as informações fundamentais para a compreensão do projeto como todo, em especial o objeto que vai ser desenvolvido. Este é a ação cultural proposta, relacionada ao conceito, formato e justificativa de realização.
O ideal é que a apresentação seja a última parte a ser escrita, pois ela deve ser a síntese do seu projeto cultural.
O projeto deve contemplar um objetivo geral e alguns objetivos específicos. O objetivo geral descreve:
Já os objetivos específicos descrevem as ações necessárias para se alcançar o objetivo geral. Eles são associados às metas, que precisam ser concretas e mensuráveis.
Nesta seção você deve responder por que o seu projeto deve ser realizado, além de demonstrar sua capacidade artística, técnica e financeira para que isso aconteça. Vale usar pesquisas e referências bibliográficas para fortalecer sua argumentação.
Pontos importantes da proposta que merecem destaques são os diferenciais, a originalidade e o ineditismo do produto cultural. É interessante também mencionar desdobramentos futuros, após a conclusão do projeto.
Defina o perfil do público que será beneficiado com o seu projeto. É importante considerar a faixa etária, a profissão e a região em que moram.
Também é importante ter uma estimativa de quantas pessoas serão impactadas, pois este número vai ajudar a planejar o orçamento e angariar potenciais patrocinadores.
Nesta parte você deve listar todas as atividades essenciais para a execução do projeto. Em seguida, descreva as funções mais adequadas para cada uma dessas atividades e coloque o nome do profissional responsável ao lado. Caso o fornecedor ainda não tenha sido escolhido, inclua essa informação.
É indicado selecionar pessoas que já tenham experiência na área de atuação, pois geralmente os projetos culturais têm um período curto de duração, o que inviabiliza treinamentos da equipe.
Descreva em detalhes todas as ações necessárias para se alcançar os objetivos do projeto. Geralmente, essas ações são divididas em três etapas:
As ações e as etapas devem ser ordenadas de forma cronológica, especificando datas de início e fim. Essas informações vão ajudar a definir o orçamento e o cronograma geral do projeto cultural.
Definidas as etapas, hora de montar o cronograma do seu projeto. Ele deve reunir todas as atividades que serão realizadas em uma sequência temporal lógica, que respeite o prazo final de entrega do produto cultural.
O ideal é organizar o cronograma no formato de tabela, usando como unidade de medida de tempo dias, semanas, quinzenas ou meses. A tabela é o formato indicado por facilitar a visualização e identificação das atividades.
Saber as etapas e o cronograma vai te ajudar a definir um orçamento para o seu projeto cultural. Mesmo que se trate de uma estimativa, pois há uma lacuna temporal entre a finalização do orçamento e a execução das atividades, ela deve estar alinhada aos valores do mercado.
O orçamento deve prever itens como locação de bens, materiais e espaços; confecção de material de divulgação; anúncios em mídias online e offline; transporte, hospedagem e alimentação da equipe; impostos.
O plano de divulgação deve prever todas as ações de mídia que serão empregadas na promoção do produto cultural. Isso inclui a definição de peças (cartazes, banners online, newsletters, filmes promocionais...) e veículos de divulgação (sites, redes sociais, emissoras de rádio, canais de TV...).
Para que o plano seja bem-sucedido, o projeto deve contar com um assessor de imprensa, designers, copywriters e um videomaker (caso esteja previsto um vídeo promocional) na equipe.
O plano de distribuição e comercialização contempla informações relacionadas à quantidade e preço do produto cultural:
Por fim, o plano de contrapartida deve detalhar o retorno concreto do projeto cultural para patrocinadores, parceiros e comunidade.
As formas de contrapartida mais comuns são:
Na indústria criativa, as principais formas de conseguir financiamento para o seu projeto cultural são as leis de incentivo à cultura, editais privados e financiamento coletivo.
Existem leis de incentivo à cultura no âmbito federal, estadual e municipal. No âmbito federal, a principal é a Lei Rouanet (Lei 8.313/91).
A Lei Rouanet estimula empresas e pessoas físicas a apoiarem o setor cultural por meio de incentivos fiscais. Parte do valor que seria destinado ao Imposto de Renda é revertido em patrocínio de produtos culturais. Os produtores culturais podem obter o financiamento ao se cadastrarem no Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic) do Ministério da Cultura (MinC).
No Rio de Janeiro, há a Lei Estadual de Incentivo à Cultura e a Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Em São Paulo, há o Programa de Ação Cultural (ProAC), no âmbito estadual, e o Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais (Pro-Mac).
Já os editais privados são criados por empresas e entidades. Algumas empresas que mantêm programas permanentes de incentivo à cultura são a Petrobras, a Furnas, o Grupo Usiminas, a Vivo, a Claro e o Santander.
Caso não consiga verba por meio das leis de incentivo à cultura ou pelos editais privados, é possível recorrer às plataformas de financiamento coletivo. Sites como APOIA.se, Catarse, Benfeitoria, Kickante e Vakinha permitem que pessoas físicas e jurídicas façam doações. É preciso prestar atenção nas taxas cobradas por esses serviços, pois geralmente são descontadas do valor arrecadado.
Já sabe o que você quer criar com o seu projeto cultural?
Desenvolvê-lo pode ser desafiador, ainda mais em uma área cada vez mais competitiva como a economia criativa.
Para você e suas ideias se destacarem nesse cenário, a Pós PUC-Rio Digital desenvolveu duas especializações: a Pós-Graduação em Narrativas Digitais e a Pós-Graduação em Gestão Cultural e Indústria Criativa.
As aulas são 100% online e abordam os desafios atuais do meio cultural brasileiro. Além de se tornar um especialista na área, você vai aprender com professores que são referência no mercado. Eles também vão te apoiar na elaboração do seu projeto cultural, que vale como trabalho de conclusão de curso.
Por Olivia Baldissera
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